segunda-feira, 7 de dezembro de 2015




Introdução

O potássio em Sergipe teve início em 1946, com a descoberta de rochas carnalíticas, nas perfurações de sal-gema desenvolvidas pela empresa indústrias brasileiras alcalinas S/A – IBASA, no município de Nossa Senhora do Socorro.
As obras de implantações do Complexo Industrial Taquarí-Vassoura foram iniciadas em julho de 1979, quando foram feitos os primeiros trabalhos de terraplanagem e come- çada a escavação dos shafts de acesso a mina, oficialmente o projeto foi inaugurado em fevereiro de 1985, entrando efetivamente em produção a partir de janeiro de 1986. Em 15/03/90 por força da PM n° 151 publicada no DOU de 19/0390 a PETROMISA foi extinta juntamente com outras entidades da Administração Federal, encontrando-se atualmente em processo de liquidação.

Localização e acesso

A jazida de Taquarí-Vassouras, com extensão aproximada de 215km〖^2〗, está localizada na parte nordeste do estado de Sergipe, em território dos municípios de Rosário do Catete, Carmópolis, Japaratuba, Siriri, Capela e Maruim, distando aproximadamente 40km, de Aracajú, a Capital do estado.
A área é servida pela adutora do Rio São Francisco, que corta no sentido nordeste-sudoeste, passando nas proximidades do complexo industrial de Taquari-Vassouras.
Fonte: https://www.google.com.br/maps/@-10.9541353,-37.0959292,8404m/data=!3m1!1e3


Geologia Regional

Os evaporitos da formação Muribeca tem sua origem relacionada a uma série de eventos ligados a Formação do Oceano Atlântico Sul, resultantes do afastamento entre as placas Sul-Americana e Africana.
Dentre essa bacias de Sergipe- Alagoas caracteriza-se por apresentar grande potencial econômico, no que diz respeito a ocorrência sais de potássio, sódio e magnésio.






Bacia de Sergipe-Alagoas – considerações geológicas

As sequências sedimentar desta bacia, ausenta-se sobre rochas ígneas e metamórficas de idades pré-cambrianas e eopaleozóicas, que formam o complexo do embasamento.
A sua evolução geológica começa com os sedimentos das formações Batinga e Acarajé, depósitos no Permocarbonifero, em fase de sineclise, no interior do artigo continente gonduânico. Está sedimentação ocorreu em um estágio de bacia intracratônica, em ambiente continental subaéreo, e de aguas mais ou menos rasa.

Fig1 - mapa de localização (projeto evaporitos de Sergipe), Petromisa


Fig 2 - litoestratigrafia da bacia Sergipe-Alagoas (mod. De Schaller, 1973), e localização dos evaporitos de Sergipe.

Sub-Bacia de Taquarí-Vassouras – Geologia Local

Generalidade:
 A sub-bacia de Taquarí-Vassouras, com área aproximadamente de 215km^2, está localizada entre os altos estruturais de Carmópolis e Siririzinho, estando separada por este da sub-bacia Santa Rosa de Lima. Nesses altos estão situados estão situados os campos produtores de petróleo de mesmo nome. Compreende uma área de subsidência diferencial, na qual se desenvolveram grandes espessuras de sais solúveis, máxima de 468m na parte note da Sub-Bacia.

Fig3: Mapa de situação das sub-bacias de Santa Rosa de Lima e Taquarí-Vasouras.


Feições estruturais

As principais feições estruturais da sub bacia de Taquari-Vassouras estão representadas por uma alternância de sinclinais e anticlinais residuais alongados, suaves que se refletem de uma maneira geral,em todos os níveis mapeados. Esta constatação permite afirmar que a estruturação foi tardia atingindo, indistintamente, os vários horizontes salinos.

Taquari-Vassouras

O atual estagio de conhecimento das reservas de cloreto de potássio desta sub-bacia permite, alem de uma visualização realista do potencial econômico desta área, definir as principais fontes de suprimento desse insumo mineral.
fonte: http://slideplayer.com.br/slide/379667/

Silvinita Basal- O principal depósito potassífero de Taquari-Vassouras

´Ele está contido no Ciclo VII, sendo constituídas por vários corpos de silvinitas com delgados níveis de carnalistas associados, agrupados em dois conjuntos de camadas, denominados  informalmente de Silvinita Basal Superior e Silvinita Basal Inferior. Essas camadas em geral então separadas pelo um leito  de halita com espessura variando de 3 a 6m.

Características gerais dos minérios 
Silvinita Basal Inferior: corresponde ao conjunto de corpos de silvinita e carnalita associadas, situados entre a “ discordância Pré-ciclo  VII” e a base de marco VII. A coloração amarelada, constitui a sua principal características. A cristalinidade, em geral é mais grosseira que a da camada superior, consequentemente realçando melhor a sua textura ameboide. A espessura varia 0,80 a 13,00m, média de 3,82m e teor de 25,03% de KCI.
Silvinita Basal Superior: corresponde ao conjunto de corpos de silvinita incluindo as possíveis camalitas associadas,situadas no intervalo estratigráfica, entre a base do VII-10 e a base da camada halita fina. A corolação avermelhada a esbranquiçada, constitui a sua principal características. A cristalinidade em geral, é fina e por vezes , media e grosseira .
A primeira avaliação da reserva da “silvinita basal” foi representada no relatório final do projeto potássio, elaborado em 1970. As reservas foram calculadas através de mapas de isópacas e somaram cerca de 350 x 10^6 t de minério de situ, com teor médio de 37,91% de KCI e espessura média de 6m.

Reservas comerciais e vida útil

Considerando-se ainda os índices de abatimentos geológicos (cerca de 58,7%), uma taxa de recuperação da mina 30% e uma perda de 10% durante o processo de beneficiamento, as reservas comerciais da “Silvinita Basal” totalizaram 10,06 x 10^6 t e KCI. Assim sendo para uma produção anual de 500.000t de KCI, teria-se para a mina de Taquari-Vassouras,uma estimativa de vida útil de cerca de 20 anos.

Composição química do minério:

Os componentes principais analisados nas amostra de minério (silvinita) foram: 

potássio, sódio, magnésio, cálcio, resíduos insolúveis e  água de cristalização.

fonte: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/916mineriosilvinitapotassio.jpg
Aproveitamento econômico do depósito
A produção anual projetada é de 2.085.000 t de minério, correspondente a 6.950 t por dia obtidas da seguinte maneira
        -exploração e desenvolvimento: 2.000 t/dia
         -preparação e lavra: 4.750 t/dia
Operação de lavra: consiste em escavar câmeras com 7,0m de largura e 125m de comprimento, separadas por pilares de 10,5m, a partir de um eixo tríplice de galerias. 
Desenvolvimento: é executado por dois mineradores contínuos, auxiliando cada um por 2 shuttle cars ou por correia transportadora extensível que levam o material desmontado a um alimentador acoplado á correia transportadora.
Reconhecimento: pesquisa de subsolo: as pesquisas efetuadas antes da abertura da mina visaram, apenas, detectar uma reserva mínima de silvinita e tornasse o empreendimento viável.
A Usina de Beneficiamento
- cominuição a seco por britagem, até a dimensão máxima de 4mm;
- moagem a úmido com corte de 1,2 mm;
- atrição e deslamagem para eliminar as argilas
´-flotação tipo catiônica, separando o cloreto de potássio, produto final, do cloreto de sódio, principal constituinte do rejeito;
- espessamento dos mistos e remoagem;
- secagem do produto final em secador de leito fluidizado;
- compactação para obtenção do produto final granulado;
-estocagem e expedição do produto final;
-dissolução do rejeito, em caso de não aproveitamento do cloreto de sódio, e descarte ao mar, através do salmouro duto;

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ojPPQtuzTEM

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