Introdução
O potássio em Sergipe teve início em 1946,
com a descoberta de rochas carnalíticas, nas perfurações de sal-gema desenvolvidas pela
empresa indústrias brasileiras alcalinas S/A – IBASA, no município de Nossa
Senhora do Socorro.
As obras de implantações do Complexo
Industrial Taquarí-Vassoura foram iniciadas em julho de 1979, quando
foram feitos os primeiros trabalhos de terraplanagem e come- çada a
escavação dos shafts de acesso a mina, oficialmente o projeto foi
inaugurado em fevereiro de 1985, entrando efetivamente em produção a partir de
janeiro de 1986. Em 15/03/90 por força da PM n° 151 publicada no DOU de 19/0390
a PETROMISA foi extinta juntamente com outras entidades da Administração
Federal, encontrando-se atualmente em processo de liquidação.
Localização e acesso
A jazida de Taquarí-Vassouras,
com extensão aproximada de 215km〖^2〗, está
localizada na parte nordeste do estado de Sergipe, em território dos municípios
de Rosário do Catete, Carmópolis, Japaratuba, Siriri, Capela e Maruim, distando
aproximadamente 40km, de Aracajú, a Capital do estado.
A área é servida pela adutora do Rio São
Francisco, que corta no sentido nordeste-sudoeste, passando nas proximidades do
complexo industrial de Taquari-Vassouras.
Fonte: https://www.google.com.br/maps/@-10.9541353,-37.0959292,8404m/data=!3m1!1e3
Geologia Regional
Os evaporitos da formação Muribeca tem sua origem relacionada a uma série de eventos
ligados a Formação do Oceano Atlântico Sul, resultantes do afastamento entre as
placas Sul-Americana e Africana.
Dentre essa bacias de Sergipe- Alagoas
caracteriza-se por apresentar grande potencial econômico, no que diz respeito a
ocorrência sais de potássio, sódio e magnésio.
Bacia de Sergipe-Alagoas – considerações geológicas
As sequências sedimentar desta bacia, ausenta-se sobre
rochas ígneas e metamórficas de idades pré-cambrianas e eopaleozóicas, que formam o
complexo do embasamento.
A sua evolução geológica começa com os
sedimentos das formações Batinga e Acarajé, depósitos no Permocarbonifero, em fase de sineclise, no interior
do artigo continente gonduânico. Está sedimentação ocorreu em um estágio de bacia intracratônica, em ambiente
continental subaéreo, e de aguas mais ou menos rasa.
Fig1 - mapa de localização (projeto evaporitos de Sergipe), Petromisa
Fig 2 - litoestratigrafia da bacia Sergipe-Alagoas (mod. De Schaller, 1973), e
localização dos evaporitos de Sergipe.
Sub-Bacia de Taquarí-Vassouras – Geologia Local
Generalidade:
A sub-bacia de Taquarí-Vassouras, com área aproximadamente de 215km^2, está
localizada entre os altos estruturais de Carmópolis e Siririzinho, estando separada por este da sub-bacia Santa Rosa de
Lima. Nesses altos estão situados estão situados os campos produtores de
petróleo de mesmo nome. Compreende uma área de subsidência diferencial, na qual
se desenvolveram grandes espessuras de sais solúveis, máxima de 468m na parte
note da Sub-Bacia.
Fig3: Mapa de situação das sub-bacias de Santa Rosa
de Lima e Taquarí-Vasouras.
Feições estruturais
As principais feições estruturais da sub bacia de Taquari-Vassouras estão
representadas por uma alternância de sinclinais e anticlinais residuais alongados, suaves que se
refletem de uma maneira geral,em todos os níveis mapeados. Esta constatação
permite afirmar que a estruturação foi tardia atingindo, indistintamente, os
vários horizontes salinos.
Taquari-Vassouras
O atual estagio de conhecimento das reservas de
cloreto de potássio desta sub-bacia permite, alem de uma visualização realista
do potencial econômico desta área, definir as principais fontes de suprimento
desse insumo mineral.
fonte: http://slideplayer.com.br/slide/379667/
Silvinita Basal- O principal depósito potassífero de Taquari-Vassouras
´Ele está contido no Ciclo VII, sendo constituídas por
vários corpos de silvinitas com delgados níveis de carnalistas associados,
agrupados em dois conjuntos de camadas, denominados informalmente de Silvinita Basal
Superior e Silvinita Basal Inferior. Essas camadas em geral então
separadas pelo um leito de halita com
espessura variando de 3 a 6m.
Características gerais dos minérios
Silvinita Basal Inferior: corresponde ao conjunto de corpos de silvinita e carnalita associadas,
situados entre a “ discordância Pré-ciclo
VII” e a base de marco VII. A coloração amarelada, constitui a sua
principal características. A cristalinidade, em geral é mais grosseira que a da
camada superior, consequentemente realçando melhor a sua textura ameboide. A
espessura varia 0,80 a 13,00m, média de 3,82m e teor de 25,03% de KCI.
Silvinita Basal Superior: corresponde ao conjunto de corpos de silvinita incluindo as
possíveis camalitas associadas,situadas no intervalo estratigráfica,
entre a base do VII-10 e a base da camada halita fina. A corolação avermelhada a
esbranquiçada, constitui a sua principal características. A cristalinidade em
geral, é fina e por vezes , media e grosseira .
A primeira avaliação da reserva da “silvinita basal” foi
representada no relatório final do projeto potássio, elaborado em 1970. As
reservas foram calculadas através de mapas de isópacas e somaram
cerca de 350 x 10^6 t de minério de situ, com teor médio de 37,91% de KCI e espessura média de 6m.
Reservas comerciais e vida útil
Considerando-se ainda os índices de abatimentos geológicos (cerca de 58,7%), uma taxa de recuperação da mina 30% e uma perda de 10% durante o processo de beneficiamento, as reservas comerciais da “Silvinita Basal” totalizaram 10,06 x 10^6 t e KCI. Assim sendo para uma produção anual de 500.000t de KCI, teria-se para a mina de Taquari-Vassouras,uma estimativa de vida útil de cerca de 20 anos.
Composição química do minério:
Os componentes principais analisados nas amostra de minério (silvinita) foram:
potássio, sódio, magnésio, cálcio, resíduos insolúveis e água de cristalização.
fonte: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/916mineriosilvinitapotassio.jpg
Aproveitamento econômico do depósito
A produção
anual projetada é de 2.085.000 t de minério, correspondente a 6.950 t por dia
obtidas da seguinte maneira
-exploração e desenvolvimento: 2.000 t/dia
-preparação e lavra: 4.750 t/dia
Operação de lavra: consiste em escavar câmeras com 7,0m de largura e 125m
de comprimento, separadas por pilares de 10,5m, a partir de um eixo tríplice de
galerias.
Desenvolvimento: é executado por dois mineradores contínuos, auxiliando
cada um por 2 shuttle cars ou por correia transportadora extensível que levam o
material desmontado a um alimentador acoplado á correia transportadora.
Reconhecimento: pesquisa de subsolo: as pesquisas efetuadas antes da
abertura da mina visaram, apenas, detectar uma reserva mínima de silvinita e tornasse o
empreendimento viável.
A Usina de Beneficiamento
- cominuição a seco por britagem, até a
dimensão máxima de 4mm;
- moagem a
úmido com corte de 1,2 mm;
- atrição e deslamagem para eliminar
as argilas
´-flotação tipo
catiônica, separando o cloreto de potássio, produto final, do cloreto de sódio,
principal constituinte do rejeito;
- espessamento
dos mistos e remoagem;
- secagem do
produto final em secador de leito fluidizado;
- compactação
para obtenção do produto final granulado;
-estocagem e
expedição do produto final;
-dissolução do
rejeito, em caso de não aproveitamento do cloreto de sódio, e descarte ao mar,
através do salmouro duto;
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ojPPQtuzTEM
Excelente texto!
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